segunda-feira, 12 de julho de 2010

MEU DIÁRIO


MEU DIÁRIO                                              Poesia da Jôse- Imagem da Net.

Escrevo todos os dias uma carta pra mim mesmo
Falo de minhas tristezas e também de alegria
Do meu tempo de menina com meu vestido de chita
De quando era pequena, mas grande queria ser

Em minhas cartas escrevo sobre minhas travessuras
De quando andava descalça e tomava banho de chuva
Esperava pela noite, mesmo com medo do escuro
Mais ficava mui feliz vendo as luzes dos vagalumes

Minha casa era pequena, mas grande em aconchego
Não se dormia de cama por escassez de espaço
Mas uma rede era armada em dois tornos de madeira
Fincava o pé na parede me balançava até dormir

A vida simples do campo me trouxe muita alegria
Guardo lembranças divinas de minha infância vivida
num tempo de coisas simples, porém de beleza ímpar
Sinto uma saudade grande que me deixa com ar tristonho.

É por  isso que escrevo cartas a cada manhã,
Pois não quero esquecer o endereço do ontem
Faço carta em meu diário e remeto pra mim mesmo
Volto no tempo e escrevo dando toda informação

Remetente sou eu mesmo, assunto é sempre saudades
O endereço é um livro que eu chamo de diário
Quero deixar minhas cartas para quem se interessar
Quem sabe meus filhos e netos ou meu amigos diletos.

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