domingo, 24 de abril de 2011

DESERTO




                                           Imagem do Google-.







Á minha volta multidões, cada um em sua mão
Alguns me olham,outros não, estarei na contra mão?
Ás vezes me sinto transparente, carente,
De uma mão estendida em minha direção.

Vagueio em meio a tantos, numa imensa solidão
Na confusão de transeuntes, esbarro apenas em mim.
O frio do vazio castiga meus ossos
Careço aquecer, se quer minha mão num aperto.

Um vazio incompreensível ilhou-me
Apenas meu olhar tem alcance, mesmo a distancia.
Desviou-se meu pés do caminho e minha mente do alvo
Só me restou um deserto onde pereço.

A cortina da noite cai, ofuscando a iluminação
Minha alma vagueia na outra face do deserto
Onde o frio causticante congela  a esperança
De voltar ao tempo de bonança.

Cada amanhecer é a repetição da angústia
Pouca força me resta pra luta, falta-me ação
E o temor de sucumbir em meio a solidão me traga
Minando ferozmente o que me resta de esperanças.

Numa busca de socorro , volvi meu olhar pro céu
E pude perceber, que do deserto pode-se ir além
Foi de lá que eu enxerguei a luz, que me conduziu
De volta ao lar, aos braços do pai.

Foi lá no deserto que meus olhos puderam ver
O que não se vê em meio a multidão a agitação
Foi de lá,do meio do deserto que a dor aguçou minha fé
É lá, no deserto, que buscamos  oásis que saceia a sede.

E foi  de lá, que compreendi,  que nunca estou sozinha
Precisei chegar lá, pra buscar remédio pra tamanha dor,
Pois em meio ao deserto meu choro soou, como hino de graça
Levando-me junto aos braços do PAI.






 by Jôse Lopes.
24.04.2011

















































sexta-feira, 22 de abril de 2011

VERSINHOS.

                                     

                                Me conta teus segredos
                                Que te conto os meus
                                 Mas se  perguntarem a fonte,
                                 Não conto!
                               
                                 Me conta uma estória
                                 Parecida com uma história
                                 Que eu transformo em prosa,
                                 E  não em conto, isso não conta!

                                  Já não tenho um conto e nem um réis
                                  Mas tenho um colar de contas
                                  Que muitos levam em conta o seu valor
                                  Isso não conto, é pretensioso.

                                  Já perdi a conta dos contos que escrevi
                                  Contei histórias que hoje, não mais conto
                                  Conto carneirinho pra poder dormir.
                                  Sonho cada sonho, que depois te conto.

                                   Não resisto as estrelas, logo conto
                                   Falta-me sabedoria pra dar conta
                                   Se eu conseguisse, escreveria em meu livro de contos
                                   Caso eu consiga... pra você eu conto!

                                   

Jôse Lopes
22.04.2011.                                

                                
                                  



                                





                                   



                









quarta-feira, 13 de abril de 2011

DIA DO BEIJO

 Dia do Beijo



Beija flor,
beijador, infiel,
Encara qualquer distância,
pra buscar o néctar,
Com sabor de mel.
De sorte nunca provou fel,
vai de norte a sul, rasgando o céu
Haja sol ou chuva elevai a luta,
E la na floresta  elas o esperam
e se esmeram de tanto perfume.
Vem beijador, beija flor,
Ao encontro de tuas amantes
de diversas cores, tamanho e formas,
Porém todas belas, flores!

Jôse Lopes
l3.04.2011.