segunda-feira, 21 de novembro de 2011

VALE

                                          Imágem da NET.


Andando por um vale frio, foram dias obscuros
Precisava  tua ajuda pra poder ao monte chegar
Já não via nada e se quer ruídos eu ouvia
Só sentia, uma dor latejante, dilacerando meu peito.

As forças esvaiam-se, assim mesmo, chorei, e clamei
Olhando pro Céu implorei a tua graça, a tua paz
Sentí a tua  presença, mas não te ouvia e nem  via.
Mas...sei que estás aqui, Acode-me Senhor!

Travei grande luta entre a dor e adescrença
Por um instante parei, e o milagre esperei
Em silencio alí orei,  mas em forte brado pedi
Fala comigo SENHOR! mesmo que me repreendas!

Acredito na promessa de que nunca  abandonas,
Estende teu braço  forte,me ajuda,  me resgata,
Fala comigo SENHOR! eu preciso te ouvir!
Tira-me do vale de lágrima, faz nascer a esperança.

Não há força humana que vença, o temido Vale de Baca
Onde as plantas ali choravam, lágrimas mui perfumadas
Os Vales, teem seus mistérios e também as suas  dores,
Eu preciso sair daqui, Fala comigo SENHOR!
E sei que me falas, mesmo em silêncio.
Mas eu preciiso te ouvir! Fala comigo SENHOR!



























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domingo, 20 de novembro de 2011

LEMBRANÇAS




                                                        Imágens da net.


Em lugar secreto guardarei,
meus escrito, meus rabiscos,
escondidinhos no canto do peito,
Guardados, estão em silêncio deslumbrante
mas... rasgarei o verso mais perfeito.

Escondo-os em lugar secreto 
Que resplandece somente, brilho branco do diamante
e a lembrança, do manuscrito do encontro.
Rasgarei sorrisos,  pra perder a dureza do semblante
 e a ilusão de amores desmedidos.

Histórias e amores renascem sob escombros,
que esquecidos repousam nos corações,
Pra quê trazer  a tona  a vitrine?
Se  o presente já não deixa que combine
O que resta é lembrar sem desatino
e  o amargor do grito da saudade, INFINITA!


























quinta-feira, 17 de novembro de 2011

ADEUS


                                          












Ouvi lamentos teus,
Neutralizando, retirando meu sorriso
Sem diálogo partiste,
Sem um "até logo" ou até mais.


Descolorido foi nosso adeus
Mas em preto e branco registrei na memória,
Escondido no mais íntimo lugar da mente,
Trancedendo as lembranças,
Remota chance de começar outra vez
No infinito azul e silencioso do amanhecer
E o  despertar, de uma noite de sonhos, 
QUE NÃO SONHEI! 

Parte de mim contigo levaste
Pensamentos, sentimentos que fundiram-se.
De ti muito restou, seu cheiro impregnado em meu eu
Sua voz que fez morada em meus tímpanos,
E um cacho de pegadas na areia, que recolho a cada manhã
No silencioso  azul do amanhecer.



















terça-feira, 15 de novembro de 2011

VIAGEM

        Quando chega o dia da  viagem, nada poderá adia-la, não importa nosso querer nem tão pouco se concluímos ou não, as tarefas a que nos propomos fazer aqui. Não sabemos a hora não há como esperar um minuto se quer, não importa a saudade dos que ficam, nem se precisamos de um pouquinho de tempo pra  ver o rosto de quem está chegando, quem sabe pra nos  rever depois de muinto tempo, ou até de quem que está nascendo para esse mundo, e foi tão esperado por nós. Um neto, um bisneto, nada mais poderá ser feito, é hora da partida independente do meu querer, do seu querer. O que um dia foi tão distante, chegou repentinamente, sem nos dá tempo pra despedidas. Sem nos avisar de sua chegada. Negado nos é o direito do último abraço, do beijo ou até mesmo um aceno de mão, e o perdão? Houvera tempo pra ele? Eu preciso rever meus conceitos, mudar minha opinião a respeito da vida. Preciso entender que não sou sua  dona, que não tenho o controle sobre minha estada aqui nesse mundo, dele sou apenas peregrina, assim sendo o que eu preciso é fazer HOJE, AGORA o que estiver ao meu alcance, o que julgo ser preciso. Não posso desperdiçar tempo, não devo deixar pra última hora, ou o minuto seguinte, aquilo que entendo que deva ser feito, pois chegando a hora de minha viagem tenho que ir, independente do meu  querer ou vontade.  Não levarei bagagem de mão, nem malas ou sacolas, não preciso roupas caras,nem sandálias vou usar! parto sem nada levar. Se jóias tenho aqui ficarão, se carro possuo, pra essa viagem não me servirá, a casa que decorei com gosto e esmero não mais me pertencerá. O que levarei enfim? Seja nossa vida longa ou não, sempre haverá tempo para nos preparar para essa viagem que, querendo ou não, vamos sim fazer, sem saber o dia e a hora. Para isso: Observo que  a bagagem que necessitamos ter é usada de forma inversa. "nada levarei" O que eu preciso pra viajar bem e em paz, é um sentimento chamado AMOR pois dele brotará tudo o mais que preciso. E para que eu parta leve, leve, devo distribuir gratuitamente com meus irmãos, que entendo ser todos os seres humanos, independentemente de raça, cor,sexo,nacionalidade, Os frutos do amor, que são eles: alegria, longanimidade, paz e benignidade, " traduzindo", precisamos doar o melhor de nós ao nosso próximo, para fazermos isso é preciso disciplina, é preciso esvaziar o eu, do orgulho, da presunção da auto suficiência é preciso reconhecer que nada somos diante da grandeza de Deus, e que perante ele todos nós somos iguais. È preciso muitas vezes, se perder alguém a quem amamos ou respeitamos para entendermos o quanto somos insignificantes, impotentes diante da morte.
             Hoje eu quero agradecer a Deus, por ele ter me concedido tempo para perdoar alguém com quem
convivi muitos anos, quero agradecer a ELE por ter me dado oportunidade de na prática, demonstrar meu carinho, meu amor a Sra. Dona BEATRIZ MACIEL LOPES, uma grande mulher, de personalidade forte, porém de um caráter inquestionavel, uma leoa na hora de ajudar, proteger seus filhos. Obrigada dona "Belinha" por eu ter sido agraciada com um presente tão significante, fruto de tua madre o teu filho Márcio Maciel Lopes, meu esposo, pai de seus netos Márcio Maciel Lopes Segundo, Oscar Pereira Lopes, Jonas Pereira Lopes, Luca Pereira Lopes, e Anna Licia Pereira Lopes, ficamos com saudades, mas esperançosos de um reencontro, onde possamos viver para sempre juntos, isso ocorrerá quando Jesus voltar e ressuscitar seus filhos que estão adormecidos, os que estiverem com Cristo, para a vida eterna e o  outros morrerão para sempre(Daniel 12.2).
                  
                                         Aos 98 anos de Idade, ao lado do filho Márcio "caçula", pressão arterial  12x8, nenhuma taxa alterada, porém o dia de sua viagem chegou. Saudades dos que aqui ficaram, descansa em paz Beá, como a chamávamos carinhosamente.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

 SAUDADE

Por vales desertos me vou, sem rumo
ao meu encontro,  apenas o sol
que seca as lágrimas silenciosas
roladas na face, com sabor agridoce
cravada no peito, carrego a saudade e
a lembrança, de tempos atraz
sabor de doçura, dias de ternura
e veio o futuro, e logo os fêz passado
fico eu sem rumo, sem presente
sem futuro, tenho apenas  passado
somente lembranças que  o tempo não apaga.
EU me chamo SAUDADES!