segunda-feira, 11 de julho de 2011

Voo da Liberdade

                                                      Imágem de arquivo pessoal
                                                      (meu primogenito)


 Sei que  precisas ir, sem demora
 é hora de soltar os laços.
 As amarras dos sentimentos cederam
  mas não se romperam.

 É hora de alçar voos mais altos
 sair da copa, ir pra o topo.
  Vá ao encontro de sua metade, sua cara
  é hora de fazer  seu ninho, novo lar.

 É hora de soltar os laços as amarras,
 Segue o teu caminho, vai passarinho!
 Como o João de Barro, junte muitos galhos,
  porção de barro, constroe seu lar.

 Da nova morada, cuide com carinho!
 Pra não desabar,  não desmoronar,
 É lá que  vais, te aninhar,  te acasalar,
 E procriar.

 Em seu velho ninho, ficou a saudade,
 cheiro de bondade pra todo  lado,
 Em alguns lugares  traços de desdém,
 Quem sabe? talvez, por falta da fêmea,
 mas lá não ficou, sequer uma pena!

Da velha guarida, inteiro foste,
Usa a sabedoria do Criador, voa alto!
o céu é o seu limite! Voa, voa, voa,
Daqui de baixo eu solto os laços, voa, voa alto!
Voa leve, voa alto, como os pardais.

Voa passarinho em busca do teu caminho,
Pega carona nas asas do vento, vai, vai,
busca seus ideais, leva junto minha saudade,
e do meu coração o maior pedaço, vai voa, voa alto
Daqui eu solto os laços as amarras, goza tua liberdade.